Nasce uma criança que na pré-adolescência quer mudar de sexo. Uma criança de pais ricos, famosos. A mídia ora execra, ora exalta estes pais. Mas não acreditemos nas palavras nunca, mas nas ações sempre. Ação é fato, é incontestável. Palavras são fruto do que desejamos ser ou do que queremos mostrar ou da tentativa de corresponder às expectativas dos outros. Só de uma pessoa muito autêntica e bem resolvida, as palavras serão verdade.
Qual a história deste pai e desta mãe que acreditam que um filho adolescente pode mudar de sexo? Uso de drogas, abusos sofridos. Na tentativa de se curarem, tem filhos ou adotam filhos. Uma criança ao perceber o que falta, ou quantos faltam no coração de seus pais, NÃO TEM ESCOLHA. Ela ocupa estes lugares, sejam de homens e/ou mulheres. Uma criança não é um ser “evoluído”, “índigo”, “cristal”. Todos seríamos se não fossemos castrados desde cedo nos nossos superpoderes como HUMANOS. Hoje, por uma série de fatores, entre eles, a total fraqueza da maternidade e paternidade, queremos crer e os que têm poder financeiro, logo publicitário, nos convencem que as crianças são mais evoluídas que seus pais. Sistemicamente, quando fazemos isso, já as colocamos no lugar de seus pais. Por isso as vemos como maiores e elas terão o mesmo destino de seus pais: cuidarão deles “mal” como eles. Dado que na infância vimos o mal, é o mal que teremos. Se vimos indiferença, é indiferença que teremos.
Esta criança não tem os pais errados. Não tem o destino errado. Não é uma vítima. Não é uma heroína. Está a serviço de seu sistema familiar. Não sabemos seu futuro: se será uma líder sabe-se lá de quem, ou será uma suicida porque não suportará a carga.
Ou se conseguirá ter recursos para tratar a loucura familiar a tempo. Honrará seu destino. Ajudará outras pessoas como elas. Isso não significa que voltará a ser do sexo que nasceu. Mas que viverá em paz com todos no seu coração e corpo como puder.