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Assim é: odiar e querer se livrar de alguém só faz com que você mesmo seja mal visto e excluído. Pelos outros? Não. Por você mesmo. O que desejo para o outro, primeiro ocorre em mim. Se desejo que alguém desapareça ou se dê mal, primeiro eu perco o direito de existir como sou e de me dar bem. 

Vibro isso, logo sou isso. Se desejo o mal, sou trevas, viverei na escuridão da ignorância.

Então tenho que aceitar que o outro seja mal e permitir que ele faça o mal? Sim. Porque o mal é um juízo que você faz, não uma realidade em si. Se você não é um juiz, não lhe cabe julgar, pois não conhece os fatos. Às vezes, nem o próprio juiz acerta.

Mas existem pessoas ruins, não devemos prende-las? Não, se você não for o policial que tem os métodos e a autorização para prender, não se meta.

Eu só posso fazer movimentos de apoio ao que acredito. Elogiar e sugerir só o que eu mesmo sou capaz de fazer. Isso é ser autêntico. 

A autenticidade ilumina os caminhos. É uma luz clara que sai da pessoa, como uma aura brilhante que ajuda primeiro ela mesma a trilhar os caminhos escuros. Esperto é quem anda ao lado dos autênticos, pois terá mais luz na sua jornada.

O exemplo de Jesus, Buda e Sócrates, talvez os três maiores filósofos da história, independente de religião, ficou para sempre. Por que? Porque eram transparentes. Assumiram as responsabilidades de todas suas escolhas. Não morreram amaldiçoando ninguém, nem se fazendo de vítimas durante a vida ou na morte. 

Um ensinava sobre o amor e a fé, o outro sobre o caminho do meio e o desapego e o último sobre trazer à luz o que quer que quiséssemos conhecer, questionando tudo. Nenhum deixou uma linha escrita. Só Sócrates, o mais recente tem registros na história, os outros podem ser só mitos. Mas, creio que não. São histórias belas demais. Mitos tem sempre dois lados. Sábios são autênticos. Não olham para a sombra dos outros, então não se ocupam disso. Não são ambíguos como os mitos.

Como reconhecemos um sábio autêntico? Ele expressa suas emoções e pensamentos como são, sem desrespeitar ninguém. Ele não precisa reconhecer seus erros, pois não os comete. Ele ensina sobre os bem aventurados, sobre como agir bem. Nenhum dos três pediu desculpas a outros, pois não ofenderam, nem criticaram ninguém. 

Aliás, des-culpa é a pior palavra que existe. Ninguém tem direito de tirar a culpa de ninguém. O dano que um faz, só ele mesmo saberá desfazer. O perdão não é algo que possamos dar, pois não o temos. A energia do perdão tem a ver com a misericórdia divina, não com o homem. Não é algo que se realize, é algo que acontece. Nem Jesus disse: eu os perdoo, mas sim: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.” 

A ignorância julgou e matou até um santo homem. E este homem sabe que o perdão não lhe cabe. É divino, não dele.

Quer reconhecer um sábio? Veja o quanto ele é autêntico. E quando conhecer um, grude nele. O modelo contamina. 

(Silvana Garcia)

Silvana Garcia

Silvana Garcia

Silvana Garcia é uma das fundadoras e administradora da Essencial terapias. É psicóloga com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Carlos, especialização em Logoterapia e Análise Transacional, Maestria em novas constelações familiares.

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