Ser mãe do homem que se torna pai é um dos maiores exercícios de paciência e renúncia diante da nora que se torna uma nova mãe.
Ser a nora que se torna mãe é um dos maiores exercícios de generosidade e justiça diante da sogra que se torna avó.
É comum a nora fazer diferença entre as avós. Aí o neto que deveria unir, separa. Assim começa a separação de um casal. Ao excluir alguém, o neto ocupará no seu amor infantil este lugar do excluído.
Como resolver se uma das duas, nora ou sogra, não facilita? Renunciar.
Cabe à avó, por amor ao neto, renunciar ao que seria mais justo e equilibrado. Cabe à nora, por amor ao filho, renunciar ao que seria mais fácil para ela.
Renúncia é uma forma de amor. Não se trata do que é melhor para elas, mas sim para a criança.
Além disso, há o esposo, os avôs, a avó materna, enfim…cada um que se omite ou se beneficia também tem responsabilidade. Quem olha para a criança? O que renuncia.
Um filho é o resultado de uma grande árvore de seres humanos, cada qual contribuiu com algo que pode ser um talento ou algo a ser melhorado.
Há avós bem difíceis de se conviver, mas para a criança é melhor que ela saiba bem de qual semente brotou.
(Silvana Garcia)