Vi essa foto e um texto num face sem autor, mas fiquei com a última frase e a foto porque me lembra muito as constelações familiares que tanto respeito.
“Não morra com seus mortos, honre-os vivendo sua vida como eles gostariam que você vivesse. Deixe-os transcender. E você continua vivendo.”
Nestes últimos tempos nunca vi tantos que perderam alguém. A maioria de doenças súbitas inexplicáveis, de tristeza e desconfio que muitas são um tipo de suicídio que a pessoa não se mata, mas “se” morre, quando deixa a vida ir embora sem lutar. Ou talvez porque esgotou suas forças de tanto lutar internamente e ninguém percebeu externamente.
Prenda um ser humano sem contato com pessoas queridas ou mesmo um sorriso com estranhos no supermercado e veja um coração se fechar.
Isole as pessoas do contato profissional e acadêmico e as emburreça no (des)conforto de seus lares, ou talvez apenas quartos. Não mais de dormir, mas de tudo, afinal é tão mais barato viver num cômodo.
Sim, é. Mais barato, mais fácil. Menos humano. Menos saudável.
Podemos trabalhar menos? Devemos!
Podemos estudar sem ter colegas de classe nos chateando? Merecemos sim!
Podemos receber compras em casa sem precisar sair tanto? Sem dúvida.
Mas também necessitamos honrar a vida se não já estamos mortos.
Paralisados de medo do contato humano, ficamos mais frios que um cadáver.
Nos atolamos com a cabeça na terra a procura dos que amamos, mas isso é perda de tempo.
Deveríamos sim elevar a cabeça ao mais alto. Saber que a morte é uma das graças que nos é dada quando termina nossa missão. É um prêmio de formatura que diz: ‘Você passou!”. Alguns passam adiantando as séries porque cumpriram antes os requisitos.
Outros desistem e esperam o próximo ano.
É assim.
É triste sim!
Mas a alegria é uma escolha. Todo dia podemos escolher nos mover, sorrir, abraçar e beijar todo mundo que se abra para um novo contato.
Podemos escolher dizer: “Sim, sobrevivemos até aqui. Foi o possível. Agora está na hora de VIVER!”
De levantar as velas, lavar a bicicleta, comprar uma passagem e meter o pé na estrada e esquentar. Esquentar o corpo, o motor da Vida. Não encher a barriga de gordura, a cabeça de álcool e o cérebro de (des)informações.
Já está na hora de levantar desta tumba que construímos naquele que era chamado de lar.
Tumba não contém a alma.
(Silvana Garcia)
Uma resposta
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