Somos os pequenininhos. Tanta coisa antes, junto e depois de nós. Como seria imaginar aquilo que chamamos nossos problemas e convicções 100 anos atrás ou mil anos atrás. E como seria daqui a 100 anos ou mil anos? Como seria estar agora na Sibéria ou em algum lugar de Andrômeda? Como seriam nossos problemas e convicções daqui, lá? Absolutamente nada. Nós somos menos que um átomo na grandeza do universo. Para o universo, somos apenas energia. Não precisamos produzir nada. Existir já é incrível. Pertencer a essa magnitude já é um espetáculo.
Quando alguém nos aborrecer com suas críticas ou nós nos chatearmos com preocupações, um bom jeito é recontextualizar isso e dizer: “isso é somente um átomo no universo”. Nada é mais grandioso do que existir. Não precisa ser útil, nem reconhecido por nada. Existir é fazer parte de algo imensurável.
Quando nos vemos com um descendente de um número incalculável de pessoas, ressignificamos a importância que nos damos. Quem veio antes e quem virá depois? Que parte de mim seguirá na célula de alguém daqui a mil anos? E de quem herdei um gene?
A Vida é energia e fluxo. O resto é… nada. Então, apenas siga. Tudo é como é, independe de você. Dance a música das estrelas, solte-se, deixe -se rodar como um dervixe e se sentirá como um átomo num acelerador de partículas. Vida é movimento infinito. Siga girando ao infinito e além. Atravesse múltiplas dimensões. Todas infinitas possibilidades já existem dentro de você. Parece que sempre foi assim e será. Existir já é tudo. O resto é nada. Quando estiver cheio de tudo, deite na terra e olhe para o céu, para as nuvens passando ou as estrelas e lembre-se: Tudo que te enche ainda é nada. Tudo sempre existiu e tudo passa. Somos os pequenininhos. Existir é a maior glória aqui e agora.
(Silvana Garcia)