Acordemos! As drogas do prazer tem inúmeros nomes hoje. Drogas poderosas, ervas “de poder” sob nomes travestidos e comprados em farmácia ou comunidades “religiosas”, bem como discursos hipnóticos de líderes políticos ou gurus são formas disfarçadas de servidão.
Em 20 anos de psicologia e 40 de busca e auto conhecimento, nunca conheci alguém destes grupos que fosse iluminado, sequer felizes, apenas dopados de sua ignorância e anestesiados de sua dor. Não busquemos iluminação, apenas despertar deste sono coletivo de ignorância já é suficiente. O próprio nome “plantas de poder” significa que elas são necessárias a pessoas com doenças poderosas. Uma pessoa razoavelmente saudável ao tomar um remédio que não precisa, passa mal. Aquele que passa “bem” e, vira adepto ou se vicia era um doente e encontrou a “cura”, pura ilusão!
Para onde olharmos hoje, veremos servos e nenhum crê que é. Assim que livros como Admirável mundo novo são absolutamente atuais.
Pessoas acordadas não acreditam, observam primeiro.
Não experimentam tudo, sentem se precisam.
Não falam, ouvem e pesquisam várias fontes antes de achar qualquer coisa. Não dão ouvidos ao que não sentem coerência entre discurso e comportamento. Não sentem necessidades de experiências extra, super, trans; apenas vivem felizes descobrindo todo dia a alegria de ser útil, o prazer de estar a serviço e da autorrealização. Realizam o sentido da Vida simplesmente vivendo o presente, conhecendo bem o passado e aberto ao futuro, em profunda conexão com a natureza.
Uma pessoa sábia desconfia, questiona, observa. Não sai acreditando ou experimentando tudo. Um servo tem absoluta certeza.
(Na Imagem: Pensar Contemporâneo – Aldous Huxley e Admirável mundo novo: o lado sombrio do prazer)