“Quando não olhamos para os problemas que carregamos, frutos de emaranhados familiares, assim levamos a vida. Cultivamos as dores do sistema, com os olhos fechados para não vê-las, mas não percebemos que a corda está em nosso pescoço e que se não despertarmos uma hora o problema fica tão grande que a corda nos enforca.” (Angel Nascimento)
A imagem acima retrata muito bem a lealdade familiar ou fidelidade sistêmica. Peguemos a semente da árvore que nos deram, sim. Mas…cortemos os cordões que nos prendem. Como? Respeitando o destino dos que vieram antes, dos que ainda estão vivos, cada qual com sua corda no pescoço. Não nos cabe cortar a de ninguém. Só a nossa. Sobre o outro, só podemos dizer: “Vejo o quanto ama e segue tudo que te passaram. Ok. Eu escolho fazer diferente por amor a mim e aos que vêm depois de mim. Todos nós merecemos um destino melhor.”
Só o conquistamos se temos a compreensão de que cada um dá o que consegue, assim não os julgamos, e a coragem de seguir com o novo desconhecido. A sombra, o perfume e os frutos da árvore sempre estarão lá quando precisarmos buscar ali um refúgio, proteção e nutrição.
(Silvana Garcia)