Depois de fazer o curso de constelação gemelar com Profa. Graziella Concetta Freni, muito bom por sinal, tenho estudado na prática o tema dos gêmeos com colegas e alunos. É muito interessante descobrir que nos primeiros dias de vida todos temos gemelares e isso deixa marcas para toda a vida. Então, por nenhuma coincidência, passeando pela Netflix cheguei neste filme. Impressionante ressonância. Uma semana atrás, fizemos uma constelação coletiva no tema livre-arbítrio e ordens impostas. Resultado semelhante ao que se vê neste filme: o livre arbítrio parece história para boi dormir. A velha história natureza versus criação. Gêmeos idênticos separados, qual o destino que pode ser mudado, dado o mesmo DNA?
O filme tenta mostrar que a afeição que se recebe na educação pode ser a diferença entre ter uma vida mais feliz que o irmão idêntico…só que não. Importa muito ser amado e criado por pais que sejam respeitosos conosco. Sim, isso pode ser a diferença entre ficar vivo ou não. Mas quando olhamos bem os gêmeos, vemos como compartilham muito mais que características superficiais. Estão muito mais ligados do que parece. E quando um se vai afeta a todos.
Assim somos todos nós com nossos gemelares. Há muito mais mistérios entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia, mas para a biologia não há mistérios. Basta pesquisar e experimentar. Há instituições que estudaram o tema, como bem mostra o filme, para além de qualquer ética. A ética científica é ditada e está a serviço dos interesses de quem financia as pesquisas. Não foram só os alemães na guerra que fizeram terríveis experimentos. Eles ainda ocorrem. E os resultados são impressionantes. A ligação é muito mais profunda do que imaginamos.
(Silvana Garcia)