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Fazer o bem é um ato de amor por si mesmo

Em tempos de guerra como os atuais ou talvez desde sempre, é bom ouvir valiosas advertências.

Pode-se chamar de lei do retorno como antes ou de ressonância como entende-se hoje, tanto faz, o fato óbvio é que toda acidez que você é, manifesta-se ao seu redor. E te retorna. É quase impossível agradar alguém de mal com a vida.

Mas o contrário será verdade? Pessoas que emanam doçura e bondade recebem isso de volta? Claro que não. Experimente falar a verdade hoje e veja quantos gritarão que você está mentindo.

Faça algo bom e veja quantos tentarão te destruir.

E não foi por falta de mestres e avisos ao longo de milênios.

Os que eram muito bons, geralmente, acabaram assassinados.

Os que mentem e matam herdam reinos e governos e se perpetuam no poder.

Então, o mal compensa? Por muito tempo, sim.

A diferença é que o retorno do bem só volta quando você morrer e ir para o céu? Ou seja, fazemos o bem por uma promessa?

Será que essa ideia não foi implantada por pessoas mal intencionadas que faziam os ingênuos se sentirem culpados e com medo, logo sempre seriam cordeiros para os lobos? Afinal se respondessem, revidassem iam para o inferno?

Parece, não é?

E se ainda colocássemos este pensamento continuamente na cabeça das pessoas por meio das leis e das crenças religiosas, isso seria sucesso garantido para o mal agir tranquilamente. Sim, tudo isso é claro.

Então porque insistir em falar o que pensamos, enquanto vivemos num mundo em que a mentira impera? Em sermos pessoas que fazem o bem, se estamos cercados pelo mal?

Não é para ir para o céu. Não é esperando um retorno. É simplesmente porque não nos interessa estar cercados de perturbados.

Não nos preocupa nenhum retorno ou recompensa. Não fazemos apostas, nem esperamos reconhecimento. Aliás, provavelmente hoje receberemos retaliações por causa da inveja insana.

Nos esforçamos para aceitar tudo que parece até absurdo não porque achamos que merecemos o pior porque devemos ter feito algo muito mal para merecer tal castigo.

É porque quando somos autênticos, outros se reconhecem como iguais, se sentem atraídos, unem-se a nós, cantamos juntos a uma só voz louvores de amor e paz. E o efeito disso é que, se não conseguimos alcançar corações frios e dilacerados, talvez tocamos os que já conseguem sair da ignorância coletiva, seduzidos pelo canto da sereia e suas tentações. Alcançamos forças inimagináveis que minimizam os efeitos danosos das coisas ruins ao nosso redor.

Isso torna mais fácil ser o que somos e viver em qualquer lugar.

Não é o país ou planeta que está errado. Não adianta fugir. A solução não está fora. Em nenhum monastério ou montanha ou isolado numa ilha. Está dentro.

Quando cada um coloca a sua pequena luz sobre a mesa, juntos iluminam a todos. Só a luz revela as sombras de todos nós. Ajuda a ver melhor. A escolher melhor.

Fazer o bem nunca teve a ver com o outro, só conosco mesmos. Fazer o bem é um ato puramente egoísta. E vale a pena porque o retorno é imediato no nosso coração agora e para sempre.

A evolução do espírito humano é eterna. Não acaba com a morte. A força destes cantos ecoa por gerações.

(Silvana Garcia)

Silvana Garcia

Silvana Garcia

Silvana Garcia é uma das fundadoras e administradora da Essencial terapias. É psicóloga com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Carlos, especialização em Logoterapia e Análise Transacional, Maestria em novas constelações familiares.

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