Aqui vemos um indivíduo diante de uma escolha difícil. De um lado a ordem a qual se submeteu no passado cobra seu compromisso. De outro, seu destino que lhe diz que o momento em que está é fruto de suas más escolhas no passado. Qualquer decisão trará o peso destas consequências.
Sim, quando buscamos acordos endeusando pessoas porque tentamos buscar fora o poder, uma vez que não tomamos a força que vem de nossas raízes e de nós mesmos, inevitavelmente seremos submetidos a algum tipo de escravidão.
Observe as pessoas a seu redor. Como se comportam, quem endeusam? Ou melhor, quem excluem? Como acusam ou julgam os outros?
Observe se você está do lado de pessoas com discernimento que fazem escolhas sem diminuir os outros. Este é um lado interessante. Em geral, perdem muitas batalhas terrenas, mas são vitoriosos no nível da alma.
Existem movimentos atuais de compensação muito grandes. São como tsunamis varrendo por onde passam. No fundo do oceano, no entanto, está tranquilo. São tempos de imersão interna, de distanciamento social. Tempos de ver as escolhas de cada um. De separar mesmo o joio do trigo. Mas o joio não será jogado fora. Vira adubo. É triturado por conta de sua própria natureza, não por sua culpa.
Ser prudente é saber que, independentemente do caos externo, sua paz interna não será abalada. Pelo contrário. São os testes da vida. Sabedoria só vem para quem sabe se resguardar e escolher com sensatez. Mas esta só vem com a experiência. E muita humildade. Experienciemos pois, pois.
(Silvana Garcia)