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Como respeitar a ajuda

Quando desrespeitamos as ordens da ajuda, desequilibrando o dar e receber, geramos danos seja dando ou recebendo demais.

Quando damos demais, geramos danos porque:

  1. Impedimos que o outro cresça, se vire sozinho, faça mais por si e aprenda.
  2. Nos colocamos como maiores, melhores, mais capazes, diminuindo a autoestima do outro e aumentando nosso orgulho e soberba.
  3. Abusamos de nós mesmos, adoecemos por excessos sobre nosso corpo. O corpo adoece, se machuca em acidentes e começa até a se auto destruir com doenças mais graves porque ele está implorando que olhemos para ele com amor. O mesmo amor que gostaríamos de receber, afinal damos tanto e na hora da doença, recebemos, às vezes, só pagando.

Se eu poupo o outro de fazer o que é atribuição dele, mas abuso de mim, me transformo num auto perpetrador.

  1. Criamos uma oportunidade de nos frustrarmos com a ingratidão dos outros e acabarmos solitários e amargos. 

Quando recebemos demais, geramos danos porque:

  1. Escravizamos pessoas carentes ou subservientes programados com crenças de que só vieram a este mundo para servir o próximo ou que ganharão o reino dos céus. Mesmo se pagarmos, na maioria das vezes, é muito pouco. Basta ver se faríamos o mesmo por aquele valor. Pense numa faxineira, por exemplo. Você limparia a casa de outro por 100,00 a hora? Tem gente que quer pagar isso por um dia e alega que ela não estudou, que ela precisa, coisas absurdas assim. Uma faxina diária não deveria custar menos de 400,00 por umas 6 horas. A hora de qualquer trabalhador deveria estar acima de 50,00, no mínimo, neste país para umas 6 horas diárias de trabalho, no máximo, 5 dias por semana. Isso para ter qualidade de vida digna, com seguros, planos médicos, aprimoramentos em cursos, tempo de lazer e todas necessidades básicas.

Pagar pouco é abusar sim. Se não pode pagar o justo ou o valor que você cobraria para fazer, diminua suas necessidades para que possa fazer sozinho.

  1. Viramos perpetradores da desgraça alheia, gerando rancor no coração do que é mal pago.
  2. Nos acomodamos em situações que nos transformam em incapazes para muitas coisas. 
  3. Criamos situações de humilhação ao outro ou para nós mesmos, caso algum dia precisemos estar naquele lugar ou oficio. Aí seremos nós que nos sentiremos humilhados.

Posso ajudar quando:

  1. O outro pede numa ocasião especifica o que ele não pode fazer e sou a pessoa mais apta ou disponível. 
  2. O outro paga o justo pelo meu trabalho ou combinamos uma troca que dignifica a ambos.
  3. É apenas uma gentileza ocasional.

Posso ser ajudado quando:

  1. Estou incapacitado ou impossibilitado para fazer o que preciso.
  2. Posso pagar ou estabelecer um valor de troca que satisfaça ao outro que me preste o serviço.
  3. Posso retribuir de algum modo o recebido, se não àquele que me fez uma gentileza, a outro que me necessite um dia.

(Silvana Garcia)

Silvana Garcia

Silvana Garcia

Silvana Garcia é uma das fundadoras e administradora da Essencial terapias. É psicóloga com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Carlos, especialização em Logoterapia e Análise Transacional, Maestria em novas constelações familiares.

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