Somos descendentes de muitos ancestrais que sobreviveram a pandemias, tanto que estamos aqui agora.
Sobreviveram explorando e mentindo?
Por isso, agora seremos vítimas de alarmistas na lealdade sistêmica infantil?
Seremos acusadores, perseguidores para “salvar” o mundo?
Sobreviveram sem tempo ou recurso para fazer o luto?
Por isso, teremos que perder pessoas próximas na lealdade sistêmica infantil?
Ou:
Olharemos o que ainda nos “fisga”? Compreenderemos os traumas que não foram “curados” no nosso sistema biológico/psicológico ancestral?
Respeitaremos ancestrais perpetradores e honraremos as vítimas entre nossos outros ancestrais?
E escolheremos fazer diferente, agora num amor adulto.
Ser adulto é incluir a todos como são, mesmo que alguns sejam perigosos e destes tomamos distância.
Ser adulto é sugerir medidas, mas respeitar o que leva o outro a escolhas diferentes das minhas, sem julgar.
Ser adulto é não obrigar quem não quer nossa sugestão a nos ouvir. Há diferentes pontos de vista sobre tudo.
Ser adulto é ter uma visão ampla de tudo e uma escuta empática e simpática à dor de todos.
Assim, seja lá o que tenha ocorrido no passado, deixamos num bom lugar no nosso coração, pois que honraremos e respeitaremos tudo como foi e, quem sabe, seremos os selecionados ou nos auto selecionaremos para continuar a espécie humana, cada vez mais humana.
(Silvana Garcia)