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Cairemos ainda mais?

Um espanto o que é esta arte. Retrata um anjo “destruído” e caído. Talvez seja o que somos, como nos emaranhamos uns com os outros, o momento sem saída que vivemos em 2020, tantos indo embora e a redenção final. Assustadoramente belo, profundo e verdadeiro. 

Como viver esta fase de transição? Com pureza, fé, humildade, confiança em sua essência, centrado, atento, conectado ao som, ao belo, aos aromas, aos animais. Tudo isso cura, eleva e nos permite sair ou passar por este momento da forma mais evoluída e desapegada possível. 

A saída não está na Terra, está em outras dimensões que se abrem cada vez mais para quem tem olhos de ver. Não virá pela TV, internet ou alguém. Os sábios neste momento silenciam por amor à verdade. Esta não precisa defensores, pois que sempre prevalece, ao final. Só que este “final” não é neste plano. Aqui é todo dia: “Só por hoje olhai, orai, conectar e se deixar ser visto, cuidado e orientado por Algo Maior”. 

O que entendemos por Algo Maior é o que está para além de todo o horror diário que estamos vivendo. Horror de ver todos que são humanos sendo decaptados. De ver repetição de ciclos da peste e da revolução russa. O pior ainda nem chegou. Mas vai passar, como sempre. Uma arca de Noé levando os justos e os inocentes reiniciará o sistema por aqui. Mas há Vida para além daqui. Para fechar grandes ciclos, precisamos do flashback. Reviver para transformar. Não tem nem o velho de volta, nem o novo normal. Não porque não tenha o novo, mas porque nunca teve o normal. Normal até hoje foi estar preso numa roda quebrada de um tempo quase esquecido em algum buraco de minhoca sem saída do universo, o Samsara.

Mas como forças muito superiores vêm tudo, nos alcançam. 

Aprendemos? Podemos nos soltar e finalmente confiar no bombeiro que chega de helicóptero e nos tira do olho do furacão na hora H? Este será o único jeito para sair: Estar no olho do furacão. E atento às cordas que nos alcançam. Ainda temos a ilusão de que levaremos alguém conosco? Cada corda tem seu tamanho. E precisaremos estar leves de qualquer acúmulo ou apego. Morreremos antes? Partiremos na nossa hora? Só uma coisa é certa: Nós seguiremos…

Resta saber qual é o destino individual de cada um, porque o coletivo está cada vez mais perto do re-início. Cairemos ainda mais?

(Silvana Garcia)

 

PS: veja o video em Stage visuals of Björk’s Cornucopia tour, for her wonderful song “Body Memory”. https://youtu.be/GaQfixl2Ss4

Silvana Garcia

Silvana Garcia

Silvana Garcia é uma das fundadoras e administradora da Essencial terapias. É psicóloga com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Carlos, especialização em Logoterapia e Análise Transacional, Maestria em novas constelações familiares.

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