Sozinhos, chegamos mais rápido. Acompanhados, chegamos mais evoluídos. Nós, os espertos humanos, com raras exceções, excluímos os mais velhos que poderiam nos ensinar sobre os perigos da jornada e os doentes que poderiam nos ensinar compaixão. O líder vai cercado de seguidores fanáticos e interesseiros e o povão distraído brigando entre si por quem será o próximo líder.
Quando aprenderemos com os lobos e muitos outros animais uma forma de se relacionar em grupo em que um não destrua o outro por inveja, corrupção, maldade?
Os animais, quando invadem seu território ou são ameaçados, compensam o dano recebido instintivamente. E a resposta é sempre proporcional ao estímulo. Nós, humanos, esquecemos que é assim que a natureza nos criou. Ao revidar, acrescido da fúria de uma vítima indignada, cometemos um mal muito maior do que o recebido, desencadeando uma sequência de agressões. Outros de nós, desaprenderam a compensar o dano, se esquivam covardemente de uma resposta ou agem de forma magnânima “perdoando”.
Perdemos instintos básicos de convívio em comunidade.
(Silvana Garcia)
Diz um ditado: Deus perdoa tudo. O homem, às vezes. A natureza, nunca. Somos seres naturais. A cultura nos tornou o que entendemos por humanos. A ordem natural é compensar o dano, de forma que o agressor aprenda que ultrapassou limites e nunca mais repita o mal. Assim também se sente igual ao outro, nem maior, nem menor. O que recebeu o dano, ao revidar na justa medida, não se sente vítima, nem superior. Isso não significa a lei de Talião: olho por olho, dente por dente. Sistemicamente, a resposta ao dano recebido é sempre menor que o dano, de forma que seja somente uma compensação, não um revide.
Apenas a defesa natural que temos diante de qualquer ataque. E sendo menor, deixa um espaço e um modelo para que o outro aprenda que seu comportamento pode ser diferente, não-agressivo. Diz um ditado: Deus perdoa tudo. O homem, às vezes. A natureza, nunca. Somos seres naturais. A cultura nos tornou o que entendemos por humanos. A ordem natural é compensar o dano, de forma que o agressor aprenda que ultrapassou limites e nunca mais repita o mal. Assim também se sente igual ao outro, nem maior, nem menor. O que recebeu o dano, ao revidar na justa medida, não se sente vítima, nem superior. Isso não significa a lei de Talião: olho por olho, dente por dente. Sistemicamente, a resposta ao dano recebido é sempre menor que o dano, de forma que seja somente uma compensação, não um revide. Apenas a defesa natural que temos diante de qualquer ataque. E sendo menor, deixa um espaço e um modelo para que o outro aprenda que seu comportamento pode ser diferente, não-agressivo.
Viver em comunidade significa também equilibrar os ganhos, não apenas os danos. Recebemos tanto de tantos que o natural é retribuir. Não vivemos numa ilha. Dependemos de tudo e todos para comer, vestir, estudar e trabalhar. Todos podem ser produtivos de alguma maneira, independente do tempo de estudo, forma física ou habilidades. Basta qualquer ser humano receber um olhar com uma boa percepção de alguém que retribuirá muito. Nosso olhar amplia o bem e o bom no próximo. Olhar com amor e respeito dignifica o agressor porque provavelmente, ele nunca foi visto assim. E quando ele tem a possibilidade de compensar o dano feito, sente-se humano novamente ou talvez, pela primeira vez.
(Silvana Garcia, Publicado em 04/11/18).