Esta semana ouvi de dois clientes empresários, histórias semelhantes. Um, no passado, foi vítima de assalto em casa com a família. E, num momento de fé amarrado, desdobrou, se viu acima da casa e quando voltou apenas sabia que tinha que agradecer muito. Foi o que fez e tudo acabou bem. O outro nem religião tem, mas sempre escapou de situações complicadas por milagres inexplicáveis. São pessoas que fazem o bem a muitos. Lembrei de uma vez que eu também fui vítima de assalto em casa e, de repente, me veio que eu devia bater o pé 3 vezes e invocar o nome de um caboclo a cada batida, pedindo que ele me valesse naquela hora. Os ladrões guardaram as armas imediatamente e também deu tudo certo. Detalhe: não era minha religião, só depois soube que era o nome de uma entidade. Na época, eu era empresária, não psicóloga e consteladora como hoje.
O que isso me fez refletir: por que pessoas que lidam com dinheiro passam por poucas e boas, mas algumas parecem ser tão protegidas? Lembrei de meu querido professor Hellinger dizendo: “O dinheiro gosta de quem gosta dele. Ele está a serviço da Vida e quem serve à Vida com seus talentos prospera”.
Assim percebo a relação destes eventos. Quando deixamos que o dinheiro flua por nossas mãos que estão sempre trabalhando e entregando, ele passa deixando bênçãos. Atrai invejosos sim, mas também traz proteção. Principalmente quando somos felizes com o que o dinheiro oferece e, principalmente, propiciando alegrias aos que nos cercam. Não é ajudar quem pode conquistar por si, por pena que diminui o outro. É dar o melhor de si sempre. Problema do outro se ele vai aproveitar ou não. É abençoado quem abençoa os frutos de seu trabalho. Quem produz com amor e respeito, independente das dificuldades de ser proprietário de qualquer coisa neste país. Hoje, não me canso de receber notícias de pessoas que atendi anos atrás. Apesar de problemas sempre existirem, vejo como algo de bom ficou para sempre daquelas sessões para elas.
Lembro o quanto aprender sobre o psiquismo humano me ajudou a superar bloqueios. As constelações, então…nem posso mensurar quanto fui abençoada na vida por elas, me libertando de traumas, de relacionamentos tóxicos, de medos. A gratidão que tenho pelos meus professores é infinita. Ela me move para o mais, incessantemente. Isso é prosperidade: abençoar os frutos do próprio trabalho para ser abençoado no que faz. O prazer da vida é colher os frutos de nosso trabalho feito com este mesmo prazer. Quando pedimos a forças maiores e recebemos tanto é que sentimos a graça da Gratidão. Primeiro abençoamos o que produzimos, depois somos nós os abençoados. Agradecer e abençoar não são apenas palavras bonitas. São ações.
(Silvana Garcia)