Ao invés de nos assustarmos com a ignorância humana, convido a pensarmos em temas que realmente nos façam crescer individual e coletivamente.
O que são virtudes?
Virtude vem de VIRTUS, do latim. Tem a ver com força moral, valor, varão, força viril. Há várias distinções. Podemos falar de virtudes intelectuais, relacionadas a capacidade de aprender e compreender e virtudes morais, ligadas a ideia de fazer o bem, uma inclinação a aperfeiçoar hábitos que levam o homem para o bem, como indivíduo ou coletivamente, agindo dentro da ética e justiça.
A virtude de um homem é o que constitui seu valor, na sua capacidade de agir bem, agir humanamente.
Virtude é excelência moral, é um traço ou qualidade que é considerado moralmente bom, um comportamento que mostra altos padrões morais.
Agir de acordo com as noções de bem, dentro da ética e com justiça, fugindo das tentações e buscando sempre a prudência e a temperança nas ações, tais são as virtudes morais. O oposto de virtude é vício.
Na tradição cristã, as virtudes são as qualidades da alma que nos impulsionam a agir corretamente. Distinguem, no entanto, as virtudes teológicas, como um dom de Deus: fé, esperança e caridade e as virtudes cardeais, que se adquirem pelo esforço, de onde todas as outras se originam: prudência, valentia, temperança e justiça.
A ideia de virtude está ligada a uma qualidade moral mais específica, como generosidade, justiça, coragem ou solidariedade. Pode-se dizer que uma pessoa é virtuosa quando possui qualidades morais diferenciadas. A prática ética no comportamento do indivíduo pode levá-lo a felicidade e harmonia coletiva.
As virtudes são as condições necessárias para uma vida feliz? Ou a felicidade é que é condição para a virtude?
Pesquisando, encontra-se:
“Para o filósofo alemão do século XVIII Immanuel Kant as virtudes não fazem de ninguém uma pessoa mais feliz, mas são elas que tornam alguém digno da felicidade.
O bem não é para se contemplar, é para se fazer. Assim é a virtude: é o esforço para se portar bem, que define o bem nesse próprio esforço.
Como nos tornamos virtuosos?
E que criança se tornaria virtuosa sem essa aparência e essa amabilidade? A moral começa, pois, no ponto mais baixo – pela polidez -, e de algum modo tem de começar. Nenhuma virtude é natural; logo é preciso tornar-se virtuoso. Mas como, se já não somos? “As coisas que é preciso ter aprendido para fazê-las”, explicava Aristóteles, “é fazendo que aprendemos.”
“Uma geração educa outra”. O que é essa disciplina na família, senão, antes de tudo, o respeito dos usos e das boas maneiras? Disciplina normativa mais do que coerciva, a polidez. É por ela que, imitando as maneiras da virtude, talvez tenhamos uma oportunidade de virmos a ser virtuosos. É imitando a virtude que nos tornamos virtuosos: “Pelo fato de os homens representarem esses papéis”, escreve Kant, “as virtudes, das quais por muito tempo eles só tomam a aparência concertada, despertam pouco a pouco e incorporam-se a seus modos.”
Aristóteles considera que as virtudes seriam adquiridas com a reflexão e a experiência. é uma disposição adquirida de fazer o bem, e se aperfeiçoa com o hábito.
Sêneca diz: É a falta de sabedoria que resulta em fazer uma má escolha em vez de uma prudente. Desta forma, a sabedoria é a parte central da virtude.
Platão considera sabedoria, coragem, temperança e justiça características essenciais para uma vida de felicidade.
Confúcio diz: “Seja perseverante, simples e modesto e você se encontrará perto da virtude. O que o homem superior procura, ele encontra em si mesmo,
o que o homem inferior procura, ele encontra nos outros”
Vamos refletir? O que você já aprendeu sobre virtudes na sua vida? Quem você associa com pessoa virtuosa? Quais virtudes reconhece em si? E nas pessoas de seu entorno?
(Silvana Garcia)