A memória das células é um fato incontestável. Que essa memória segue adiante é óbvio. Qual memória carregamos em nossas células, herança de nossos pais? E eles carregavam a herança de quantos flagelos, tragédias e conquistas? Já descobriu a origem de sua família? Conhece a região e as condições que os fizeram sair de onde estavam? Quantos ficaram para trás? De qual deles herdou as memórias em seu DNA? O que ficou por resolver, acabar? O que era tão bom, que você já nasceu pronto e tem toda sorte (talento) que precisa sem se esforçar porque alguém ou vários já se esforçaram antes de você? Já olhou os nomes e fotos no cemitério? As fotos nos álbuns de seus avós e tios? Já descobriu quantas crianças não vingaram? Quantas dores as mulheres já calaram? Quantos fardos os homens já carregaram?
Se não sabemos de onde viemos, jamais saberemos quem somos e para onde vamos. Existe uma história que podemos pesquisar e descobrir, mas existem outras dos segredos guardados a sete chaves. Essas nos torturam nos piores pesadelos, angústias e desespero. Nos torna “inimigos” de nós mesmos. As constelações familiares ou sistêmicas nos abrem os olhos do amor a tudo como foi; libertando o passado oculto e permitindo que sigamos fazendo diferente, pelo nosso bem hoje e de nossos descendentes amanhã. Quanto mais estudamos e praticamos constelações, mas percebemos que nada sabemos, mas vamos aprendo todo dia humildemente sobre nós e abrindo nosso coração para descobrir um pouco mais sobre o muito que somos.
(Silvana Garcia)