Há serviços que curam. Há serviços que matam. Serviços são apenas serviços.
Há humanos que amam. Há humanos que odeiam. Humanos são apenas humanos.
Qual o efeito de curar? Qual o efeito de matar?
Qual o efeito de amar? Qual o efeito de odiar?
Pelos frutos se conhece a árvore.
Quanto mais nossa vida se fecha, sem prosperidade e saúde, mais estamos indisponíveis para isso. Sinal que nosso serviço está mais a matar que curar. Nosso coração está mais a odiar que a amar.
O que acontece no nosso corpo e alma não é uma prova do que nos fizeram. É uma prova do que permitimos que nos fizessem ou nós mesmos nos fizemos.
Quando algo ruim ocorre na nossa infância, ainda que não temos um escolha consciente, alguém escolheu isso por nós. Seja nos obrigando ou nos abandonando a própria sorte. Quando crescemos, às vezes, estamos em condição de escolher fazer diferente e sair daquele trauma. Às vezes, não. Nossa psique pode ter saído tão destruída de nosso passado, que o sofrimento estará tão intrincado dentro de nós que só poderemos viver na inconsciência, dado que ser consciente do mal que nos fizeram e que depois, nós mesmos praticamos, seria insuportável.
A consciência de si é uma dádiva para alguns. Viver inconsciente é a regra, não exceção.
E cada um de nós, tem áreas nas quais age de forma totalmente inconsciente. Como saber?
Basta olhar os frutos. No nosso corpo e ao nosso redor, há mais vida ou mais morte?
Há serviços que curam. Há serviços que matam.
Há humanos que amam. Há humanos que odeiam.
(Silvana Garcia)